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Mostrando postagens de 2010

Música e Poesia

. À primeira vista, parece improvável musicar poemas como os de Hilda Hilst. Lendo-os, é difícil imaginá-los cantados. Além disso, a melodia sempre dá um outro sentido às palavras, uma entonação diferente pode dizer outra coisa... Mas Zeca Baleiro teve o acompanhamento e aprovação de Hilda Hilst para lançar o CD Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé – De Ariana para Dionísio. Na verdade, a sugestão foi dela, após iniciativa do Zeca de mandar a Hilda seu primeiro álbum, Por Onde Andará Stephen Fry?.     Só agora fui conferir mais esse belo trabalho do maranhense ao ser presenteada com o CD. Vlad, obrigada! =) E o próprio Zeca conta, no vídeo abaixo, como conheceu Hilda Hilst. A entrevista foi dada após um pocket show dele na Livraria Cultura Bourbon Shopping, SP, precedido por um debate durante o lançamento do livro Por que ler Hilda Hilst, do crítico Alcir Pécora. O vídeo, da Livraria Cultura, termina com Zeca interpretando a Canção V. Deleitante...

Anos dourados, rebeldes e criativos

. Saudosista que sou e amante da boa música brasileira, não podia deixar de conferir no cinema o documentário “Uma noite em 67”, sobre a final do 3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Já vimos repetidas vezes cenas das músicas finalistas, maravilhosas, a exemplo de Domingo no Parque que me emociona até hoje, mas temos agora imagens dos bastidores do festival e declarações recentes dos principais nomes envolvidos no evento. E nada como viver o clima da época, sensação proporcionada pela telona. Me senti no auditório do Teatro Paramount. Tanto que, no final da execução da primeira música, me vi impelida a aplaudir junto à plateia. Não fiz isso, obviamente, mas o cinema tem esse poder, de nos “inserir na ação”. Vivemos nos perguntando por que não temos mais festivais como aqueles da Record. Uma série de fatores, porém, explica parte do sucesso desses programas musicais, com destaque para a segunda metade da década de 1960. Entre eles, o momento político, cultura

O Universo compõe

Você já deve ter ouvido histórias do tipo. Quando alguém tem uma grande ideia, na verdade ela é captada do universo naquele momento. As grandes invenções teriam surgido assim, aparentemente do “nada”. O mérito, portanto, não é de quem teve a ideia. E na música parece também acontecer o mesmo. Grandes artistas já deram declarações a respeito ao explicar o processo de algumas composições. Em bate-papos com o Moska, no programa Zoombido, essa teoria parece se confirmar com alguns músicos. Acompanhe. Lenine: “Tem música que é meio de rompante, assim... Que é... buum! Parece que ela tava ali, esperando só a conexão. E ela chega de imediato. E sai a canção quase toda. Como se já estivesse pronta. Você só capturou. E se você não captura, o cara da esquina captura. Não sei dizer como é que é. É um outro tipo de composição.” Zeca Baleiro: “É uma coisa mesmo misteriosa. Por que eu faço essa música? Eu não sei porque. Eu posso até detectar alguma informação mais racional nisso,