Pular para o conteúdo principal

Talentos escondidos



Não sei dizer exatamente em qual ano conheci o Marco. Entre vários que mandam CD´s pra rádio, certo dia estava lá com o meu nome, no estúdio, uma sacolinha linda, colorida, com o CD do Marco Aguyar. Voltei naquele dia, ouvindo no carro o “Bela Cintra”, no meu trajeto da rádio pra casa. E me encantei com algumas músicas. Não lembro os detalhes, mas acho que entrei em contato com o Marco pra contar a minha impressão sobre seu trabalho. Entreguei o disco para meu chefe, que deu ao diretor artístico, mas nada aconteceu. O tempo passou, o Marco continuou na luta, com um show aqui, outro lá, as dificuldades que cercam qualquer músico no Brasil... e seguiu-se um projeto cantando Erasmo e Roberto, intitulado “Roberto e Erasmo Rock Carlos”. Apresentações no Sesc e outros eventos, mas... não é que nomes mais conhecidos tiveram a mesma ideia!?! E então o Marco lançou seu segundo CD, “Poesia em Movimento”, de ótima qualidade! Mas o que cerca esse mundo da música é algo que nós, meros mortais, não entendemos. Ou fazemos que não. Tempos atrás, falando sobre o Marco e citando Maria Gadu, comentei que o sol não brilha para todos. Definitivamente não. E não é o talento que determina quem fará sucesso no mercado musical. Triste, mas não temos poder sobre isso. Resta a nós, com a facilidade da internet, procurar o que nos agrada e não o que nos enfiam goela abaixo. Apresento a seguir, algumas músicas do Marco Aguyar. Curta se gostar. Sucesso é algo muito relativo nos dias atuais. Continuarei ouvindo o Marco porque gosto, porque reconheço a qualidade no trabalho dele. Ainda não tocou em rádio? E quem disse que tudo que toca em rádio é bom? O Marco vive de música e está difícil pra ele não desistir. Espero que não desista, que consiga motivos pra continuar. Porque ele merece. Porque nós merecemos música boa, de qualidade. Apresento novamente a vocês, Marco Aguyar!

Pequenas Conquistas 

Fúria e Flor

São Paulo (Pra ti, meu canto)

Bela Cintra

Tudo Cessará




Comentários

  1. Parabéns pelo Blog Luciana. Sou suspeito em falar deste cara pois sou baterista de sua banda desde 1996, quando ele decidiu seguir carreira solo. Um cara fantástico, mais que um amigo, um irmão. Lindo texto e muito sucesso.
    Alessandro Malta.

    ResponderExcluir
  2. Realmente um ótimo musico

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Elis, 70 anos

Não é a voz que canta, é o coração. Essa frase, dita por Elis e citada no show “Elis, 70 anos”, traduz perfeitamente a intérprete Elis Regina. A “Pimentinha” (apelido dado por Vinicius de Moraes por conta de seu gênio forte) cantava não só com o coração, mas também com a alma. Por isso é considerada uma das melhores cantoras brasileiras de todos os tempos. E as histórias contadas pelos amigos-compositores de Elis mostram o quanto ela era séria com seu trabalho ao exigir sempre qualidade de seus compositores. E fazia com que eles se tornassem ainda melhores. Elis só aceitava gravar o que lhe tocava de verdade. E assumia a composição como dela. E convencia. As músicas cantadas por Elis pareciam lhe pertencer. Essa impressão (ou posso dizer essa verdade?) causada pela emoção transmitida na interpretação das canções, não deixava dúvida de que era mesmo o coração que cantava e não a voz. O show “Elis, 70 anos” reuniu amigos de trajetória da cantora, grandes nomes da música nacion...

Israel Kamakawiwo'ole

Israel Kamakawiwo'ole foi um cantor americano, muito popular no seu estado de nascimento, o Havaí. Era descendente de uma linhagem pura de nativos havaianos. Nunca ocultou a sua posição a favor da independência do Havaí e de defesa dos direitos dos nativos. Morreu jovem, aos 38 anos, devido a problemas respiratórios causados pela obesidade mórbida. Mais de 100.000 pessoas compareceram ao seu funeral em 1997. O caixão de madeira estava no edifício do Capitólio, em Honolulu. Suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico em M'kua Praia. Um de seus álbuns mais famosos foi Facing Future, de 1993, trabalho que o lançou para a fama mundial. Nele encontramos a faixa "Somewhere over the Rainbow - What a Wonderful World", com a voz suave de Israel Kamakawiwo'ole acompanhada pelo seu ukulele.

Rita Lee – Uma autobiografia

               Antes mesmo de começar a ler a autobiografia de Rita Lee, não tinha dúvida de que gostaria. Embora curtir o artista, suas músicas, não signifique que sua história necessariamente agrade.         Não gostei, por exemplo, da biografia de Lobão. Na verdade, nem consegui chegar ao final da leitura, talvez nem à metade. Achei a pessoa menos interessante que sua obra.        Mas, voltando à Rita, vemos que sua vida é rica de história. E o fato de todos nós sermos, em parte, contemporâneos, torna tudo mais interessante. Sabemos do que ela está falando, a quem se refere, lembramos de algumas passagens. E que narrativa agradável!        Autobiografias são tidas como “chapa-branca”, mas ela não esconde muitos detalhes, esclarece outros, e não decepciona.       Acho sempre tão chato terminar um livro... E com este não...