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Mostrando postagens de 2015

"Superhomem - a canção", por Gilberto Gil

Nada da minha participação aqui, apenas o registro precioso da história desta belíssima música.  "Eu estava de passagem pelo Rio, indo para os Estados Unidos fazer a excursão do lançamento do Nightingale - um disco gravado lá, com produção do Sérgio Mendes -, em março e abril de 79, e gravar o disco Realce, ao final da excursão. Na ocasião eu estava morando na Bahia e não tinha casa no Rio, por isso estava hospedado na casa do Caetano. Como eu tinha que viajar logo cedo, na véspera da viagem eu me recolhi num quarto por volta de uma hora da manhã. De repente eu ouvi uma zuada: era Caetano chegando da rua, falando muito, entusiasmado. Tinha assistido o filme Superhomem. Falava na sala com as pessoas, entre elas a Dedé [Dedé Veloso, mulher de Caetano à época]; eu fiquei curioso e me juntei ao grupo. Caetano estava empolgado com aquele momento lindo do filme, em que a namorada do Superhomem morre no acidente de trem e ele volta o movimento de rotação da Terra para p

Elis, 70 anos

Não é a voz que canta, é o coração. Esta frase, dita por Elis e citada no show “Elis, 70 anos”, traduz perfeitamente a intérprete Elis Regina. A “Pimentinha” (apelido dado por Vinicius de Moraes por conta de seu gênio forte) cantava não só com o coração, mas também com a alma. Por isso é considerada uma das melhores cantoras brasileiras de todos os tempos. E as histórias contadas pelos amigos-compositores de Elis, mostram o quanto ela era séria com seu trabalho, ao exigir sempre qualidade de seus compositores. E fazia com que eles se tornassem ainda melhores. Elis só aceitava gravar o que lhe tocava de verdade. E assumia a composição como dela. E convencia. As músicas cantadas por Elis pareciam lhe pertencer. Essa impressão (ou posso dizer essa verdade?) causada pela emoção transmitida na interpretação das canções, não deixava dúvida de que era mesmo o coração que cantava e não a voz. O show “Elis, 70 anos” reuniu amigos de trajetória da cantora, grandes nomes da música naci

Assim caminha a humanidade

"Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro, natural que seja assim..." Esta música do Lulu Santos é daquelas pra espantar os fantasmas. Daquelas que você canta chorando e rindo ao mesmo tempo depois de um rompimento "daqueles". Me apaixonei tantas vezes nesta vida... E desencanei tantas outras... Mas há aquelas relações mais complicadas, com finais que precisam ser exorcizados. Pra estas, é a música perfeita! "Não vou dizer que foi ruim. Também não foi tão bom assim. Não imagine que te quero mal, apenas não te quero mais... Não mais... Nuuuunca maaaais!"